A professora Amanda Gurgel, famosa pelo discurso que fez em defesa da educação numa audiência pública na Assembleia Legislativa do RN, afirmou que não está pensando em eleição nem em candidatura em 2012, como vem sendo especulado na imprensa e nas redes sociais após a repercussão nacional do desabafo dela.
Filiada ao PSTU, Amanda disse que "ninguém no partido está discutindo eleição nem candidatura". "Isso não é o foco nem é o que importa. O nosso foco é denunciar que a educação pública no Rio Grande do Norte e no Brasil chegou ao fundo do poço", declarou.
A professora classificou como "desvirtuadas" as notícias segundo as quais aproveitaria a notoriedade conseguida com o vídeo do seu discurso, visto por mais de 1,5 milhão de pessoas, para se lançar politicamente no próximo ano.
Em relação à entrevista do presidente do PSTU, Dário Barbosa, a um jornal da cidade, em que teria lançado a candidatura dela à Prefeitura de Natal, Amanda disse se tratar de um "caso clássico de distorção".
"Não existe isso no PSTU. Não foi o que ele [Dário Barbosa] disse. Ele jamais falaria isso. Ninguém lança ninguém candidato. Eu sou militante e, como qualquer outro, posso defender a bandeira do partido, mas esse assunto não está em discussão", reiterou.
A professora enfatizou que está aproveitando o momento para "discutir a situação da educação no Brasil". Ela tem percorrido o país e concedido entrevistas a veículos nacionais para falar sobre o que classificou como "caos" da educação no RN.
Amanda disse considerar "natural" a reação de algumas pessoas que têm criticado seu discurso, afirmando que a professora se colocou como redentora da educação mesmo sem estar trabalhando em sala de aula.
"É uma reação natural de quem, de alguma forma, quer defender o governo [do Estado]. O fato de estar ou não em sala de aula não diminui o que eu disse. Eu não estava falando em meu nome, mas sim em nome da maioria. Aquela era minha rotina antes de sair da sala de aula. Mas continuo trabalhando em função pedagógica correlata", ponderou.
Para Amanda, a repercussão do caso "está incomodando" e, por isso, cedo ou tarde, "o governo vai ter que se posicionar". "A pressão popular está crescendo e tomando corpo com as greves em todo o país", observou.
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