terça-feira, 21 de junho de 2011

Exclusivo: Conheça a história do povoamento de Itajá

O povoamento de ITAJÁ liga-se intimamente ao de toda região Centro-norte do Rio Grande do Norte. Os fundamentos de colonização teriam sido lançados por volta do ano de 1800, quando surgiu o núcleo de povoação em torno de uma fazenda dedicada inteiramente à criação de gado. Seu precursor foi o Alferes Guilherme Lopes Viégas, a quem cabe a glória de ter fundado o ITAJÁ, porque ali já se encontrava em 1803, como proprietário das terras deixadas por herança de seu pai - Tenente Antônio Lopes Viégas, fundador de Angicos. Pernambucano de raízes espanholas, o Alferes Guilherme Lopes Viégas, se estabelecera no local denominado por ele de “PERNAMBUQUINHO”, numa homenagem carinhosa à sua terra Pernambuco. Como marca da passagem de Guilherme Lopes Viégas em terras, do “saco”, hoje ITAJÁ.

O alferes Guilherme Lopes Viégas teve dois casamentos e dezenove filhos, contribuindo, decisivamente, com seu trabalho e seus descendentes, para o crescimento do povoado. O seu solene nome, Lopes de Viégas, passou a ser distorcido por muitos, que chamavam de “Lotes de Éguas”. Por isso, os seus descendentes tiraram a palavra Viégas, que representava a fidalguia espanhola, e assim a principal família da história da localidade passou a se chamar apenas Lopes. 

O educador pioneiro do povoado foi o padre Luiz Guimarães, que depois de ser suspenso pelas Ordens do Vaticano, decidiu morar na localidade e trabalhar na educação das pessoas. Esse trabalho foi seguido, em 1940, por outros bravos educadores, se destacando os professores Estevam Egídio Pessoa, Cecília Cândida da Silva e Maria Antonieta da Silva. Mais tarde, em 1955, começava a atuação da educadora Libânia Lopes Pessoa, que ficou conhecida pelo seu trabalho junto à juventude local. 

A partir de 1970 o povoado de Itajá começou a se desenvolver mais rapidamente, primeiro com a chegada da energia elétrica e das telecomunicações e depois, com a instalação de sua primeira cerâmica, por iniciativa de João Eudes Ferreira, abrindo caminho para a implantação de um pólo cerâmico. 

Devido à prosperidade econômica de Itajá, vinda do pólo cerâmico, da agricultura, da extração da cera de carnaúba e da semente de oiticica e de uma crescente produção de leite, os filhos da terra iniciaram a luta pela sua autonomia política. 

Pesquisa e Redação: Max Bruno Medeiros
Editor Chefe do Blog Itajá Acontece

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