Das
15 pessoas que foram detidas na segunda-feira passada, 4, em virtude da
Operação Batalhão Mall, onze já estão com a liberdade garantida pelo
Tribunal de Justiça do Estado. Os três empresários e oito dos doze
policiais entraram com ação e conseguiram habeas corpus, não chegando a
passar uma semana atrás das grades. Na segunda-feira, oitenta homens e
11 promotores de Justiça envolvidos na Operação deram cumprimento a 15
mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão expedidos pela
Justiça.
Na sexta-feira passada, o desembargador Vírgilio Macêdo
Júnior expediu alvará de soltura para oito praças da PM, que estavam
detidos em carceragens do Bope, na capital do estado. O sargento
Francisco Xavier Leonez ainda não teve o pedido julgado.
A
Associação de Cabos e Soldados da PM informou que apesar de os oito
soldados terem conseguido a liberdade através da Justiça, em um gesto de
solidariedade, ainda estariam na carceragem do BOPE aguardando a
liberdade dos restantes. O major Carlos Alberto Gomes de Oliveira e o
tenente-coronel Wellington Arcanjo de Morais permanecem detidos em
quartéis de Natal.
Os empresários Rodolfo Soares Fagundes de
Albuquerque e Erinaldo Medeiros de Oliveira, donos de postos de
combustíveis, estão libertados. O gerente da Nossa Agência, Pedro
Gonçalves, foi solto a pedido do Ministério Público em decorrência da
delação premiada.
O promotor de Justiça de Investigação Criminal,
Wendell Bethoven Ribeiro Agra, confirmou a informação da libertação de
oito dos doze policiais militares presos no início da semana passada.
Segundo ele, a investigação fica prejudicada. "Fica mais difícil para
nós trabalharmos. Os policiais voltarão ao quartel e farão qualquer tipo
de contato que quiserem", disse.
Apesar da soltura de parte dos
envolvidos, o prazo de 20 dias para encerrar o inquérito permanece
válido. "Se todos fossem soltos, o prazo aumentaria para quarenta. Mas
os oficiais permanecem detidos, então o prazo é o mesmo", concluiu.
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