terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mesmo sem CPMF, Brasil arrecadou R$ 42,9 bi a mais em 2010


Os contribuintes não querem mais imposto, mas integrantes do governo falam numa nova versão da CPMF para financiar os investimentos na área da saúde. Num país em que a carga tributária chegou a 33,56% do PIB em 2010 e deve continuar crescendo, é realmente necessário mais um imposto? Cálculos feitos pelo tributarista Ilan Gorin, da Consultoria Gorin Auditoria Contábil, provam que não.
Em 2007, último ano da CPMF, a Receita Federal arrecadou (sem Previdência Social) R$ 502,4 bilhões (incluída a inflação de 2007 a 2010, de 16,5%). No ano passado, mesmo sem CPMF, a arrecadação pulou para R$ 545,3 bi, o que representa um aumento real de R$ 42,9 bi, segundo as contas do tributarista.
A elevação proposital da alíquota do IOF, por exemplo, e o crescimento forte da economia provocaram o aumento da arrecadação que compensou e muito o fim do “imposto do cheque”.
Os números coletados na Receita por Gorin mostram que aumentou a arrecadação de vários tributos em 2010, como a do imposto sobre importação – de R$ 14,2 bi em 2007 para R$ 21,1 bi no ano passado, o que representa uma diferença de R$ 6,8 bi.
A contribuição social e o imposto de renda sobre lucro de empresas não financeiras também cresceu (R$ 12,8 bi), de acordo com Gorin. Já a arrecadação de imposto de renda na fonte sobre os rendimentos do trabalho aumentou R$ 10,5 bilhões; de IOF, R$ 17,4 bi, de PIS e Cofins sobre empresas não financeiras, R$ 28,6 bi.
- Não é preciso recriar a CPMF, mas enxugar as despesas públicas para reduzir a carga tributária. Efeitos diversos provocaram a recomposição e aumento real da arrecadação após o fim da CPMF – diz o tributarista.
Do blogue de Miriam Leitão

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