segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Internautas potiguares rejeitam nome de Aluízio Alves e lançam campanha "Aeroporto Dona Militana"

Apesar do esforço do deputado federal Henrique Eduardo (PMDB) para batizar o aeroporto de São Gonçalo do Amarante como o nome do seu falecido pai, o ex-governador Aluízio Alves, os intelectuais e internautas potiguares optam por outros nomes. 

O PMDB potiguar usará do seu prestígio junto ao Planalto para tentar prevalecer uma vontade familiar. Resta saber se o governo optará por homenagear uma figura histórica do estado ou usar o aeroporto para fazer politicagem barata. 

Em resposta à tentativa do PMDB local de impor o nome do ex-governador Aluízio Alves para batizar o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, internautas potiguares lançaram a campanha, pelo Twitter, #AeroportoDonaMilitana. 

O movimento tem o objetivo de chamar a atenção da cúpula do Planalto para a importância que o nome de Dona Militana, a maior romanceira do Brasil, tem para a população de São Gonçalo do Amarante e do Rio Grande do Norte. Ela desponta com enorme preferência popular para batizar o aeroporto.
Militana nasceu no sítio Oiteiros, na comunidade de Santo Antônio dos Barreiros, de São Gonçalo do Amarante, em 19 de março de 1925. O dom do canto ela herdou do pai, Atanásio Salustino do Nascimento, uma figura folclórica do município. Dona Militana gravou na memória os cantos executados por ele.

São romances originários de uma cultura medieval e ibérica, que narram os feitos de bravos guerreiros e contam histórias de reis, princesas, duques e duquesas. Além de romances, Militana canta modinhas, coco, xácaras, moirão, toadas de boi, aboios e fandangos.

Ao descobrir a preciosidade dos cantos de Dona Militana, na década de 90, o folclorista Deífilo Gurgel deu uma grande contribuição à cultura brasileira e permitiu que o país inteiro conhecesse o talento da filha da cidade de São Gonçalo do Amarante. A romanceira chegou a gravar um CD triplo intitulado “Cantares”, lançado em São Paulo e Rio de Janeiro.

Críticos e jornalistas de grandes jornais brasileiros se renderam aos encantos e a peculiaridade da voz de Dona Militana. Em setembro de 2005, aconteceu o momento mágico quando ela recebeu das mãos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Comenda Máxima da Cultura Popular, em Brasília.


Extraído do blog Visão Política - DN Online

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