As autoridades anunciaram nesta quinta-feira a captura de Antônio Bonfim Lopes, conhecido como ‘Nem‘, considerado pela polícia como o traficante mais procurado do Rio de Janeiro. ’Foi uma vitória para todos’, declarou a jornalistas o coronel Erir Ribeiro Costa Filho, comandante da Polícia Militar, ao comentar a detenção do chefe do tráfico de drogas da Rocinha, favela que as forças de segurança se preparam para ocupar. Nem, de 35 anos, foi capturado na Lagoa, próximo à Rocinha, quando tentava escapar ajudado por três homens, que também foram presos. O traficante estava escondido no porta-malas de um automóvel e, segundo o coronel Ribeiro Costa Filho, não ofereceu resistência. De acordo com relatos dos policiais que participaram da operação, o veículo no qual o traficante estava escondido foi abordado em uma das saídas da Rocinha.
Um dos indivíduos que o acompanhava se apresentou como funcionário do Consulado do Congo e o outro, como advogado. Os dois então disseram que não aceitariam passar pela revista e os agentes disseram então que seriam conduzidos à sede da Polícia Federal. Ao chegarem próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, segundo o coronel houve tentativa de suborno aos policiais, com ofertas de dinheiro que foram subindo até chegar a cerca de R$ 1 milhão. Após a recusa dos agentes, o porta-malas do carro foi aberto e o traficante foi localizado. Há quase uma semana, as autoridades armaram um cerco em torno da Rocinha, a populosa favela com cerca de 70 mil habitantes que está encravada em morros que se situam entre os bairros de classe alta do Leblon, Gávea e São Conrado. Para isso foram mobilizados centenas de policiais de diversos corpos, aos quais nos próximos dias devem se unir tropas das Forças Armadas, que fornecerão também veículos blindados para ocupar a comunidade. Antes da captura de Nem, que ocorreu durante a madrugada, tinham sido detidos cinco supostos traficantes que fugiam da favela, assim como três policiais e dois ex-policiais que aparentemente trabalhavam como seguranças para os delinquentes. Na operação, também foram confiscados três fuzis, 11 pistolas, várias granadas, dinheiro e munição. As autoridades do Rio não confirmaram quando pretendem determinar a invasão da Rocinha, mas a imprensa especula que a incursão pode ocorrer neste fim de semana, devido às ações policiais dos últimos dias, que seguem o padrão de outras ocupações de favelas ocorridas nos últimos três anos.
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