
Elaborado pela empresa de consultoria Michael Page sob encomenda do jornal, o estudo cita exemplos de várias profissões e garante que, em alguns casos, a diferença salarial pode chegar até 85%.
Entre diversos casos, o relatório diz que um engenheiro elétrico que trabalha em uma empresa assentada no Brasil obtém remuneração mensal mínima de R$ 14,9 mil, o que seria equivalente a R$ 8 mil se trabalhasse na Espanha e a R$ 9 mil se o fizesse na Itália.
Segundo "O Globo", a empresa de consultoria comparou os "salários em grandes empresas de todos os setores situadas em grandes cidades e considerou o ganho dos profissionais de níveis de gerência", sem incluir no estudo fatores como o custo de vida.
As diferenças salariais são registradas principalmente nas áreas técnicas, "embora o fenômeno possa ser ampliado para outras profissões" em função do desenvolvimento da crise financeira, disse ao jornal o analista Ricardo Guedes, um dos responsáveis pelo relatório.
O jornal entrevistou estrangeiros que vivem e trabalham no país, que confirmam receber salário superior no Brasil, mas que isso não chega a ser uma solução.
Um dos exemplos citados foi o do português João Nunes, da própria empresa Michel Page, quem declarou que apesar de no Brasil ter salário superior em 30% ao que tinha em Portugal, sua capacidade de poupança é "muito menor" agora.
"Aqui tudo é mais caro. O preço de um aluguel é duas vezes mais caro do que em Portugal, e o mesmo ocorre com a comida", declarou Nunes.
O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Antonio Gil, alertou que os elevados salários "começam a afetar a competitividade do Brasil". Em sua opinião, os altos salários, somados as protecionistas leis trabalhistas e a uma onerosa estrutura tributária, encarecem os custos das empresas e "fazem com que o país perca mercados" no comércio internacional.
Extraído do Portal Yahoo
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