Secador, com 12,5m e 7,3t.
Depois de quatro dias e 3.600 km de viagem, chegaram ontem (22) as duas últimas carretas com os equipamentos da biofábrica que está sendo construída no Campus Ipanguaçu do IFRN, através do Projeto Caatinga Viva. As outras três carretas já haviam chegado no dia anterior.
Na operação de descarregamento foram necessários dois caminhões muck, um deles cedido pela Caern, parceira do projeto. Foi contratado também um guindaste com capacidade para erguer até 30 t de carga. Só a fornalha pesava 12,9 t; além dela vieram o secador, com 7,3 t e 12,5m de comprimento, a briquetadeira, com 4 t, e outras quatro máquinas - três moegas e um picador.
O equipamento foi fabricado na Lippel, indústria de máquinas sediada no município de Agrolândia, em Santa Catarina e custou R$ 744 mil. Com a preparação e cercamento do terreno, a eletrificação e a construção do galpão, os investimentos na instalação da biofábrica já chegam a R$ 1,03 milhão.
De acordo com o engenheiro do IFRN responsável pela obra, Wellington Freitas de Lima, a empresa que venceu a licitação ficou de entregar o galpão no prazo de 30 dias. “Com o galpão pronto acreditamos que em no máximo dois meses teremos condições de montar os equipamentos e fazer os testes necessários para colocar a fábrica em operação”, disse a coordenadora-geral do Projeto Caatinga Viva, Taís Belém.
Outras ações do projeto
Além da conclusão das instalações da fábrica, uma série de outras atividades que fazem parte do Projeto Caatinga Viva estão sendo executadas. Parte delas é voltada à educação ambiental. Assim, a ONG Carnaúba Viva irá realizar, de abril até dezembro deste ano a capacitação de 700 professores e 11 mil alunos das escolas públicas dos nove municípios do Baixo Açu .
Já a Associação Norte-Rio-Grandense de Engenheiros Agrônomos (ANEA) irá oferecer, em convênio com a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, o Curso de Formação de Disseminadores de Educação Ambiental, voltado a profissionais da área, como engenheiros agrônomos e florestais, biólogos, geógrafos, educadores, extensionistas e técnicos agrícolas.
No campo da pesquisa, a Embrapa Solos, outra parceira do projeto, está concluindo a 1ª etapa dos estudos em laboratório sobre as espécies vegetais que irão compor os briquetes. São análises para saber as características físicas, químicas e térmicas dessas biomassas isoladamente ou em diferentes percentuais de mistura. Também foi instalada, na Estação de Pesquisa da Emparn, localizada no Jiqui, em Natal, uma unidade de produção de mudas e estudos de diferentes variedades de capim elefante para produção de bioenergia.
Tanto as variedades de capim como de outras espécies vegetais serão replicadas e transferidas para serem testadas na unidade de pesquisa que será montada na Estação de Tratamento de Esgotos da Caern, em Pendênciaas. Lá, a Cia. de Água do Estado vai disponibilizar inicialmente 15 hectares próximos à lagoa de estabilização para a realização dos testes. O objetivo é estudar os efeitos da utilização das águas tratadas do esgoto para adubação das plantas destinadas à produção de briquetes.
Para o diretor-geral do Campus Ipanguaçu do IFRN, Evandro Firmino de Souza, através da instalação da fábrica de briquetes, o Projeto Caatinga Viva está proporcionando um ambiente propício à pesquisa e inovação. “Nossos professores e alunos já dispõem de uma briquetadeira de bancada para fazer testes com as inúmeras espécies de vegetais que poderão compor os briquetes, sem falar que vão poder contar com uma fábrica, um laboratório em escala real, para testar os produtos”, concluiu o diretor.
O Projeto Caatinga Viva é patrocinado pelo Programa Petrobras Ambiental.
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