Dona de figurino extravagante, cantora comemora sucesso: faz cerca de seis shows por semana e ganha mais de R$ 50 mil por apresentação.
Gaby Amarantos canta a música 'Ex mai love', tema
de abertura da novela 'Cheias de Charme': 'Ser
brega está na moda'
(Foto: Roberto Teixeira / EGO)
Ela chegou pra abalar, como diz a letra de “Xirley”, um de seus sucessos. Moradora da periferia de Belém, Gaby Amarantos, 33 anos, virou a musa do tecnobrega e levou amúsica das aparelhagens, as festas que acontecem no Pará e que chegam a reunir 40 mil pessoas, Brasil afora. É dela o tema de abertura da novela “Cheias de charme”,“Ex mai love”.
“Ser brega agora está na moda, é cult. E isso é muito mérito meu, que tive coragem de assumir este comportamento”, diz a cantora, que no início da carreira foi chamada de Beyoncé do Pará. “Sempre acompanhei as tendências, mas não sou it girl. Minha moda sou eu que faço. Ser brega é ser feliz”, afirma.
O figurino extravagante, uma de suas marcas – “até quando sou básica, estou com uma bota prateada ou um chapéu de oncinha” -, antes era feito pela própria cantora, mas hoje é assinado por estilistas como André Lima, Walério Araújo e paraenses como Zandro Gurjão e Guilherme Rodrigues. Os sapatos de Gaby chegam a ter saltos de 20 centímetros. Para dar conta de tanta produção, ela tem uma equipe de quatro pessoas só para cuidar do figurino.
“Desde criança tenho esta estética, era sempre a mais enfeitada da escola. Experimentava a maquiagem que minha mãe vendia nas amigas, fazia arranjos com papel higiênico. Era megapopular por causa disso”, lembra. “Aos três anos de idade eu usava sapato com saltinho. Ia à missa e já chegava fazendo barulho com o salto, pá, pá, pá”, diverte-se.
Gaby com um de seus figurinos: 'cabeça' e ombreiras
de Zandro Gurjão e macacão de Grazi Ribeiro, ambos
estilistas do Pará
(Foto: Roberto Teixeira /EGO)
de Zandro Gurjão e macacão de Grazi Ribeiro, ambos
estilistas do Pará
(Foto: Roberto Teixeira /EGO)
Foi na igreja, aliás, onde Gaby começou a cantar, com 15 anos. Por causa da animação e do figurino que já chamava a atenção, teve que deixar o coro da Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, em Belém. Cantou muito de bar em bar até fundar a banda TecnoShow, em 2002. Em 2009, decidiu seguir carreira solo e mudar o nome: de Gabriela Amaral dos Santos, passou a assinar Gaby Amarantos. “Foi sugestão de um amigo, e eu gostei”, explica ela, que acaba de lançar seu primeiro CD, “Treme”.
‘Adoro meu bundão e meu peitão’
O atual sucesso e a autoestima, Gaby credita ao filho, Davi, de três anos. “Tudo de bom aconteceu depois da maternidade. Também passei a aceitar a mulher que sou. Hoje me acho linda, gostosa. Sou supervaidosa, não posso ver um espelho. Adoro meu bundão e meu peitão”, comenta a cantora, que mede 1,65m e pesa 77 quilos. “Modelo é que tem que ser magra. As pessoas estão cansadas dessa coisa Barbie, dizem que sou mulher de verdade”, conta ela, fã de açaí com peixe frito. “Amo comer. No meu Instagram (rede social de fotos) só tem foto de comida.”
Com as constantes viagens a trabalho, Gaby vai atrás da culinária paraense por onde passa. No Rio, frequenta o Tacacá do Norte, restaurante simples no bairro do Flamengo, na Zona Sul da cidade. Também por causa da vida agitada, tem que deixar o filho de três anos com a família, na casa onde eles moram, no bairro do Jurunas, em Belém. “Sou mãe solteira, não tenho opção, então todo mundo ajuda para que o Davi não se sinta desamparado”, diz ela, que não tem contato com o pai do menino. “Ele nunca quis conhecer o filho.”
Além do figurino extravagante, Gaby capricha na
maquiagem e nos cílios postiços
(Foto: Roberto Teixeira / EGO)
maquiagem e nos cílios postiços
(Foto: Roberto Teixeira / EGO)
Gaby, atualmente solteira, divide uma casa de três andares com os pais, dois irmãos, o cunhado, o sobrinho e o filho. “Se eu disser que não brigamos, ninguém acredita”, brinca. “Já morávamos lá há 15 anos, mas só tínhamos subido as paredes de tijolo. Agora terminei a casa.” Os tempos de vacas magras ficaram mesmo para trás. Hoje, a cantora tem agenda lotada.
“Geralmente me apresento de terça a domingo. Às vezes, dois shows numa mesma noite”, conta. Antes de emplacar trilha sonora na novela, Gaby cobrava R$ 50 mil por apresentação. “Ah, já passou disso faz tempo”, diz. “Não sou de números, mas meu público está crescendo cada vez mais”, desconversa a cantora, que se define como workaholic. “Sou viciada no meu trabalho. Adoro essa correria, essa falta de rotina. Me dá um tesão danado.
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