Crianças fazem malabarismo em troca de moedas em
sinal de trânsito de Natal, nos cruzamentos da Rua Potengi com Av.
Hermes da Fonseca. O registro foi feito pelo antenadíssimo Repórter
Fotográfico Canindé Soares, cujo a fotografia passou a ser uma missão
para este obstinado profissional, “não larga a máquina nem na hora de
dormir”.
Ao sairmos da Aphoto, Associação Potiguar de
Fotografia no bairro de Petrópolis, nos deparamos com a cena de um grupo
de meninos tentando chamar a atenção dos motoristas no sinal em troca
de algumas moedas.
Diante dos clicks fotográficos de Canindé, me veio o
seguinte questionamento: Será que estas crianças estão na rua por que
querem?
Em minha modesta observação, elas não estão na rua
porque querem, e sim por não encontram em casa o que precisam, isso
quando tem casa. A rua representa a liberdade, e elas tem a impressão de
que vão acabar todos os seus sofrimentos. Geralmente são filhos de pais
e mães que bebem constantemente, pais agressivos, que batem nelas o
tempo todo e por qualquer motivo. Muitas dessas crianças não conhecem
seus pais e vão atrás de coisas que lhes possibilitem ficar mais tempo
na rua.
Esta triste realidade sobre crianças de rua, o
saudoso escritor baiano, Jorge Amado, narra em seu sexto romance,
Capitães da areia, em 1937, o que ainda hoje acontece nas ruas de todo
país.
Por Elias Medeiros – www.eliasjornalista.com
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