terça-feira, 17 de julho de 2012

EUA aprovam produção de 1ª pílula para prevenir transmissão do HIV



A Agência Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos anunciou ontem (16) a aprovação do Truvada, do laboratório Gilead Sciences, como primeira pílula para ajudar a prevenir o HIV em alguns grupos de risco.

Em maio, um painel assessor da agência pediu a aprovação do medicamento como prevenção para pessoas não infectadas, depois que testes clínicos mostraram que ele pode reduzir de 44% a 73% o risco de HIV em homens homossexuais.


"O Truvada é para utilizar na profilaxia prévia à exposição em combinação com práticas de sexo seguro para prevenir as infecções do HIV adquiridas por via sexual em adultos de alto risco. O Truvada é o primeiro remédio aprovado com esta indicação", afirmou a FDA.
A droga é indicada para usuários enquadrados no grupo de alto risco de infecção, que podem se envolver em relacionamentos sexuais com parceiros infectados por HIV.

O Truvada é encontrado no mercado americano desde 2004 como tratamento para pessoas infectadas com HIV, indicado em combinação com outros remédios antirretrovirais.
Auxílio a grupos de risco
A pílula é considerada por muitos especialistas uma nova e potente ferramenta contra o vírus da Aids, mas alguns provedores de serviço de saúde temem que incentive comportamentos sexuais de risco.

Um estudo sobre o Truvada publicado em 2010, no "New England Journal of Medicine", incluiu 2.499 homens que tinham relações sexuais com outros homens, mas que não estavam infectados com o vírus que causa a Aids.
Os participantes foram selecionados aleatoriamente para tomar uma dose diária de Truvada - uma combinação de 200 miligramas de emtricitabina e 300 mg de tenofovir disoproxil fumarato - ou um placebo. Quem tomou o medicamento regularmente teve quase 73% a menos de infecções.
Segundo os especialistas, os resultados são a primeira demonstração de que um remédio já aprovado por via oral pode diminuir a probabilidade de infecções de HIV.

De acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento tem registro no órgão, ou seja, significa que está autorizado a ser comercializado no país.

Com informações do Portal G1

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