A importância do sono para o bom funcionamento do sistema imunológico é conhecida, mas pouco se sabe sobre os mecanismos fisiológicos envolvidos – como o sono altera o funcionamento do corpo.
Uma pesquisa brasileira vem ajudando a elucidar essa questão, mostrando como diferentes tipos de privação de sono interferem nas defesas do organismo.
Na primeira fase da pesquisa, para replicar situações do dia-a-dia, os pesquisadores submeteram voluntários à privação total por 48 horas – algo que ocorre com pessoas que trabalham em sistema de plantão noturno.
Outro experimento envolveu a privação seletiva de sono REM – movimento rápido de olhos, na sigla em inglês), fase do sono em que prevalecem os sonhos – por quatro noites seguidas.
Enquanto o grupo controle não apresentou alteração no perfil imunológico, como esperado, os voluntários do grupo submetido à privação total tiveram uma elevação no número de leucócitos, especificamente de neutrófilos, o primeiro tipo celular que responde à maioria das infecções.
Também houve aumento de linfócitos T CD4, responsáveis pela imunidade adaptativa, específica para cada doença.
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