quinta-feira, 7 de março de 2013

BARRAGEM É UM DOS CORPOS D’ÁGUA DO ESTADO COM MENOS DE 50 POR CENTO DE SUA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO



Apenas sete dos 46 reservatórios que abastecem os 167 municípios do Rio Grande do Norte estão com volume de água superior aos 50 por cento. Os dados constam de um levantamento periódico realizado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Semarh. O assunto foi objeto de uma reportagem assinada pelo repórter Roberto Lucerna, no exemplar de ontem, terça-feira, do jornal Tribuna do Norte. A matéria registrou que a situação é preocupante porque as previsões meteorológicas apontam para chuvas abaixo do normal no sertão nordestino em 2013. A reportagem observa que o cenário é mais delicado se forem analisadas as ações em discussão. Em caso de escassez de chuva, o Governo do Estado aposta em uma única alternativa para evitar o colapso no fornecimento de água à população: racionamento. Periodicamente, a Semarh realiza uma série de medições nos reservatórios do Estado. A última medição, divulgada no portal eletrônico da secretaria, apresenta números colhidos até o dia 1º deste mês. Alguns reservatórios estão com volume abaixo dos 10 por cento e apenas um, o localizado na cidade de Pilões, secou completamente. A maioria está com o limite abaixo dos 50 por cento. A coordenadora de gestão de recursos hídricos da Semarh, Joana D’Arc Medeiros preocupação maior é que não está chovendo e os reservatórios estão secando. Os sintomas da estiagem no Estado, bem como projetos para combater os efeitos desta, são discutidos semanalmente em reuniões do Comitê Gestor Integrado da Seca. Convocado pelo Governo do Estado, o comitê é formado por secretários estaduais, Defesa Civil e representantes de órgãos relacionados ao tema. Nos encontros, são debatidas possíveis soluções para os 142 municípios que estão, desde o ano passado, em estado de calamidade devido à seca. Conforme o gráfico da Semarh, especificamente no âmbito de Assú região, o diagnóstico de cada coleção hídrica é o seguinte: Pataxó, em Ipanguaçu, 12,84 por cento de sua capacidade global; Boqueirão de Angicos, em Afonso Bezerra, 33,31 por cento; Mendubim, em Assú, 44,18 por cento; barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (Itajá, São Rafael e Jucurutu), 48,88 por cento; e, Umari, em Upanema, 42,59 por cento de sua capacidade total. A coordenadora de gestão do órgão estadual apontou ainda as obras de transposição como solução para um possível desabastecimento dos reservatórios do Estado. Todavia, explicou que a água do São Francisco só deve chegar em 2015, ou seja, temos dois anos ainda. As bacias Piranhas/Açu e Apodi/Mossoró serão as receptadoras das águas do rio. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte, Caern, trabalha junto a algumas prefeituras para viabilizar um item necessário do projeto São Francisco. Trata-se do saneamento e esgotamento sanitários das cidades que vão receber a água. Os projetos pretendem beneficiar cerca de 200 mil potiguares. São obras de abastecimento de água com previsão de licitação ao longo deste ano. A previsão é de investimento de 111 milhões de reais. Esses recursos estão assegurados e serão construídas adutoras, subadutoras e ampliação de sistemas em dez municípios. As cidades que receberão as obras são: Caicó, Assú, Governador Dix-Sept Rosado, Pendências, Caraúbas, Felipe Guerra, Porto do Mangue, Macau, Guamaré e Jandaíra.

Princesa do Vale 

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