quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

‘Lá dentro, a sensação é de mais 50°’, diz operário que trabalha na restauração do Cristo Redentor


Funcionários trabalham no reparo do Cristo Redentor Foto: Urbano Erbiste

Fé nas alturas. Desde terça-feira, seis operários começaram a instalar os equipamentos de segurança para as obras de restauração e revitalização do Cristo Redentor — atingido em uma das mãos e na cabeça por raios na semana passada. Entre os profissionais, há católicos e evangélicos, que acreditam estarem sendo ‘‘abençoados pelo Senhor’’. Um deles é Antônio Acrizio, de 50 anos. Católico fervoroso, o morador de São Gonçalo disse que espera driblar as altas temperaturas dos últimos dias com sua fé.
— Dentro do Cristo, a sensação é de mais de 50 graus. Mas estou feliz . Antes do trabalho, vou fazer minha oração, me benzer e pedir a proteção do Senhor para que tudo dê certo — disse o operário, que passará cerca de 8h no ponto turístico.
Cristo Redentor
Cristo Redentor Foto: Urbano Erbiste
O trabalho deles chamou atenção dos turistas que visitavam o santuário. Uma escada instalada na lateral da estátua virou objeto de desejo para os que queriam conhecer o monumento por dentro.
— Podiam liberar nossa entrada lá em cima — sugeriu a portuguesa Maria das Neves, de 31 anos.
Outros 12 profissionais também estão envolvidos no projeto (engenheiros, arquitetos e eletricistas, além de funcionários que trabalharão em rapel). A previsão é que em quatro meses as obras estejam finalizadas. O investimento será de cerca de R$ 1,9 milhão, em uma parceria entre a iniciativa privada e a Arquidiocese do Rio.


Cabeça do Cristo Redentor também foi danificada por raio

Detalhe da cabeça do Cristo que foi atingida por raio
Detalhe da cabeça do Cristo que foi atingida por raio Foto: Terceiro / Divulgação
Ana Beatriz Marin - O Globo
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RIO - A tempestade de raios que atingiu o Cristo Redentor na última quinta-feira não danificou apenas a ponta do dedo polegar direito do monumento, mas também parte da cabeça. O acidente ocorreu porque os para-raios instalados na estátua cobrem apenas algumas partes. Quem afirma é o engenheiro responsável pela restauração e manutenção do monumento, Clézio Dutra.
— Há um captor (para-raio) que cobre um pedaço da cabeça e outros dois que se estendem pelos braços, mas só chegam ao punho. Por isso, quando o raio atingiu o polegar, o dano ocorreu — explica Clézio. — Já temos um projeto aprovado para aumentar a extensão dos captores.
A restauração da cabeça e do polegar — além do dedo médio, que foi danificado após uma tempestade ocorrida em dezembro — deve durar cerca de uma semana.
Clézio e outros 18 operários com treinamento de bombeiros e especializados em rapel e alpinismo se revezarão na tarefa. A obra será incluída num projeto mais amplo de manutenção, que começa amanhã. O trabalho todo deve durar quatro meses, como afirma o engenheiro responsável.


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