Pacientes aguardam exames e cirurgias que serão feitos em outros hospitais. Com o Hospital Walfredo Gurgel lotado, macas são usadas como leitos.
O pronto-socorro do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, maior unidade pública de saúde do Rio Grande do Norte, tem atualmente 32 pacientes alojados pelos corredores à espera de exames e cirurgias que serão realizados em outras unidades hospitalares do estado. O número vem aumentando desde o dia 6 de agosto, quando a Cooperativa de Médicos suspendeu a realização de cirurgias eletivas e outros procedimentos devido à uma dívida de R$ 3,2 milhões que a Secretaria de Saúde (Sesap) tem com a Coopmed/RN.
A falta de vagas no pronto-socorro resulta em outro problema: a retenção de macas do Samu, o que faz com que as ambulâncias fiquem paradas, sem poder retornar ás ruas para dar atendimento à população. Na manhã desta terça-feira (12), sete ambulâncias do Samu Natal - de um total de 9 - estavam presas no hospital. Uma ambulância do Samu RN, que atende ao município de São Gonçalo do Amarante, chegou a ficar mais de 24 horas retida na unidade.
O secretário municipal de Saúde, Cipriano Maia, confirmou que o dinheiro está na conta da prefeitura e que o processo burocrático para a transferência dos recursos para a cooperativa já foi iniciado. "Já processamos as ordens de pagamento e aguardamos o aval da Controladoria para efetuar o pagamento". Ele ressaltou que serão quitados os meses de março e abril e que aguarda novos repasses do Estado para efetuar o pagamento referente ao mês de maio.A direção do Walfredo Gurgel confirmou que as macas são usadas como leitos porque o local está superlotado. O secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, disse que da sexta-feira passada (8) até esta terça (12) foram repassados R$ 4,5 milhões para a Prefeitura de Natal, valor que deve ser repassado à Coopmed.
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