A adoção de novas regras pelo governo federal, através do Ministério da Pesca e Aquicultura, com o objetivo de inibir a prática de concessão ilegal do seguro-defeso aos pescadores, pode ter tido o propósito de moralizar o benefício social, porém, também está gerando muito desconforto e muitos profissionais da pesca serão prejudicados pelo fato de ter dificuldade em atender às exigências legais. A opinião foi expressada pelo presidente da Colônia de Pescadores do município de Itajá, no Vale do Açu, o também vereador Francisco Siqueira de Brito, "Chico Siqueira" (PSB).
Ele declarou que as mudanças com a finalidade de evitar fraudes acabaram por tornar-se motivo de preocupação para muitos pescadores e dirigentes classistas. "Houve muita mudança e isso acabou trazendo sérias complicações para os pescadores", disse. O dirigente salientou que até compreende as razões que levaram o Ministério da Pesca e Aquicultura, na capital federal, a instituir as inovações administrativas. Mas, insistiu que o fato só dificultou mais ainda a vida dos pescadores. "O Ministério pensou em ajudar, mas não está ajudando", complementou.
"Eu espero que alguém me diga como é que vai ficar a situação do pequeno pescador que vende o peixe ao atravessador ou então de casa em casa e não tem como apresentar uma nota fiscal como está sendo exigido agora pelo Ministério", exemplificou "Chico Siqueira". No entendimento do presidente da organização pesqueira em Itajá, cidade situada às margens do principal reservatório artificial de água do Estado, a barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos d'água, o fato concreto é que muitos pescadores serão prejudicados diante da impossibilidade de atender ao que é solicitado pelo órgão federal.
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