A mobilização nacional – Educação vai às ruas – tomou as ruas de Assú na manhã da última quarta-feira dia (31/08/2011). Organizado por alunos e servidores do Campus Ipanguaçu. A mobilização teve como objetivo levar a tona à realidade da escola pública à sociedade, reivindicando melhorias para as más condições atuais da educação. Falta de infraestrutura, a desvalorização do profissional da educação, a retirada dos direitos por titulação e das vantagens pessoais, benefícios e conquistas judiciais. Entre outros fatores, mostrar as causas da greve dos Institutos Federais e da UERN, além de cobrar que 10 % do PIB sejam destinados à Educação Pública no Brasil.
A mobilização reuniu cerca de 350 pessoas, entre eles os próprios estudantes e servidores do CampusIpanguaçu, como também servidores e alunos da rede municipal e estadual, representantes da Associação dos Docentes da UERN, pais de alunos que abraçaram a causa euforicamente – assumindo as reivindicações dos profissionais da educação como sua. E a sociedade assuense que nos recebeu e se juntou ao nosso movimento.
Agradecemos a todos, que compareceram – acompanhando e abraçando a causa com bastante criticidade, euforia e, acima de tudo, respeito. Fazendo jus as palavras de Paulo Freire: “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”. Tornando mais evidente, que se a Educação oferecer condições para se desenvolver, a educação pode possibilitar transformação em nosso país.
O movimento foi bastante expressivo e sensibilizante, pois partiu de um posicionamento cidadão, onde as pessoas que acompanharam a mobilização estavam lá por reconhecerem a causa justa, necessária, e apontar melhores perspectivas para educação – motivos que devem preocupar os cidadãos.
Pode-se considerar o movimento uma ocasião histórica no Vale do Açu, pois foi a primeira vez que estudantes e profissionais saem às ruas para mostrarem a realidade da escola pública e reivindicar por melhores condições na educação pública.
A movimentação proporcionou a construção do diálogo entre os alunos, pais, à sociedade e profissionais da educação das esferas: municipal, estadual e federal. A partir do diálogo que estabelecemos, notamos na expressão de todos os presentes e nos que deram seus depoimentos cordialidade perante a causa. E, foi nítido o sentimento de indignação com o tratamento histórico que vem recebendo no Brasil. Além de expressarem bastante negação e repudio ao posicionamento do estado RN – onde os professores das escolas estaduais saíram recentemente de uma greve ameaçados de ser demitido, além de as escolas serem indignas de oferecer e proporcionar condições para uma educação transformadora; estendendo também seus sentimentos aos parlamentares com todos os seus privilégios e a postura fria da presidenta Dilma.
Vale ainda salientar, que apesar do porte expressivo que foi o movimento e do valor histórico e importante para a formação social, embora esperado com pessimismo e pé no chão na realidade, já que a causa se referia a “Educação”, sentimos falta dos políticos locais e de órgãos atuação governamental. Pois, o momento era de diálogo, liberdade expressão – garantido por nossa constituição – e formação cidadã. A participação da classe política e dos órgãos que tem algumas responsabilidades na educação seria de fundamental importância, já que damos o poder a esta classe e o posicionamento de ambos implica nas condições que temos.
Com isso, ver-se o quão importante é a educação para a formação social, legitimando as nossas reivindicações. Contudo, esperamos ações dos nossos representantes, que foram eleitos pelas pessoas e tem que ser para essas pessoas que devem trabalhar. Assim, declaramos que continuaremos fortes, unidos e incisivos com a nossa causa, até que medidas coerentes sejam tomadas. E queremos deixar claro, que estamos cobrando apenas nossos direitos por uma EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE, já! Não podemos esperar! O tempo não para!
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